terça-feira, novembro 13

Adeus Carlinha

Por mais que nos consciencializemos que a vida termina, nunca ninguém está preparado para aceitar a morte. Às vezes nem tanto a própria morte, mas a de alquém que estimamos, seja um amigo ou familiar.
Mantive sempre a esperança e a notícia ontem deixou-me em choque. Não me conformo! É uma injustiça da vida que alguém morra tão novo. Alguém que sempre transbordou saúde, alegria... Manter-te-ei na memória, amiga, como aquilo que sempre foste para mim: uma força sorridente! A "mana mais velha" que tive na adolescência, que não olhava à diferença de idades entre as duas, que me integrava nas suas amizades, que demonstrava gostar da minha companhia e não deixava que eu me desvalorizasse. Manter-te-ei na memória com as estridentes gargalhadas que demos em palco, com as boas conversas que tivemos no shopping, com a linda imagem de cumplicidade que mantinhas com a tua irmã e com a força de vontade que punhas em tudo o que fazias. Manter-te-ei na memória tal como foi de tua vontade, com vida e saúde e de sorriso nos lábios...
Sabes? Hoje entendi que, mesmo lutando e mantendo a esperança viva, preparaste-te e delineaste as tuas vontades para quando o dia chegasse. Nunca foste fraca! Por isso, acredito que agora estarás em paz. E, se calhar (quem sabe?), estarás com o Sr. Serafim e o Fernando a ensaiar uma boa comédia sobre esta vida que todos esquecemos ser tão frágil...

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