Portugal no seu melhor

Conhecem a expressão «salve-se quem puder»? Pois, em Portugal, parece-me que as coisas estão a modo de dizer «safe-se quem souber»! Cada vez tenho menos dúvidas de que o "tuguita" é artista... Porquê? Ora, basta ler algumas páginas de jornal que facilmente nos deparamos com aquelas notícias «de descascar o pessegueiro a rir».
Já há muito se sabe que o português é preguiçoso e no que toca a trabalho o que todos procuram é de facto um emprego (entenda-se por emprego ganhar muito e fazer pouco). Arte criativa considero eu o modo como alguns desempregados "passam a perna" ao IEFP. Se até há uns tempos o modo mais usual de alguns (não)contribuintes beneficiarem dos seus (não)direitos era estarem inscritos em mais do que um centro de emprego para receberem um ou mais subsídios, hoje em dia a moda é enviar "respostas brancas" às entidades empregadoras. Como assim? Pois, passo a explicar... Com a alteração da legislação nesta área, os desempregados viram-se um pouco mais "apertados" tendo que mostrar interesse e provas de uma procura activa de trabalho de modo a não perderem os benefícios atribuídos pela situação de desemprego. Posto isto (e, lá está, mostrando a boa criatividade dos tugas) cresce um "fenómeno" no nosso país: O pessoal começou a procurar anúncios de emprego e alguns "chico-espertos" entenderam por bem começar a responder às entidades empregadoras com cartas registadas vazias. Sim, vazias!! Nem uma única página de um currículo lá dentro... Com isto, o desempregado passa a ter a prova dos CTT em como enviou a carta em resposta ao anúncio, resposta esta que nunca chega, ou melhor, não é considerada válida quando recepcionada nas empresas. Tendo o comprovativo na mão, o sujeito apresenta a tão "abençoada" prova de uma procura activa de emprego no IEFP que, por sua vez, mantém o subsídio de desemprego ao bom malandro que prefere ficar em casa já que a culpa de entretanto este não ter sido seleccionado p'ro cargo (ao qual nunca respondeu na verdade) não é (supostamente) do candidato em questão.
Perceberam a lógica?? Ãh?!? Ora digam lá se não há quem saiba safar-se bem...