Completa-se um ano desde que vivo sozinha. Talvez por isso reflicta mais sobre o acto de estar só e me questione se é suposto o ser humano recear estar só!? Estar só nem sempre é sinónimo de solidão. A solidão entristece, azeda, dói e, no extremo, leva à loucura ou à morte. Já muitas vezes experimentei a solidão, admito. Mas isso não invalida que saiba estar só. Sinto-me plena comigo mesma e, estando bem, basta-me ter a mim.
«O ser humano é um ser sociável», disse alguém um dia. Talvez por isso tantas vezes me sinta "anormal", quando os outros me definem como pouco sociável. Admito que o seja, sim. A verdade é que prefiro estar só do que sentir-me desenquadrada e sozinha no meio duma multidão. Mas não quer isto dizer que não sinta tristeza por não ter mais amigas, por não ser mais procurada para partilhar alegrias. Apenas sei estar só!
Afinal de contas, é estando sozinha que muitas vezes me torno forte, produtiva, criativa... ou até filosófica.
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