quinta-feira, abril 17

:(

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"Entre amigos, as frequentes censuras afastam a amizade."
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Sempre sábio, Confúcio...
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"Se o Homem fosse severo consigo próprio e generoso com os outros, nunca daria azo a ressentimentos."

terça-feira, abril 15

Ando assim...

...um tanto ao quanto com desejos de comida italiana. Não de um prato qualquer, mas de uma delícia que comi pela última vez há um ano em NY... "tagliatelle al vodka"! Nham Nham Quem nunca provou, não sabe o delicioso que perde. Nem é que eu seja muito viciada em massas, mas diga-se que a cozinha italiana me deixa sempre com água na boca só de ouvir falar e ultimamente deu-me p'ra isto, talvez por ouvi falar na tv, qui ça!?

Ora, hoje não troco o meu FCP, mas a vontade tem sido tanta que já pondero ir a um "ristorante" nos próximos dias, nem que seja sozinha. Se, entretanto, alguém quiser fazer as honras da casa, deixo aqui uma sugestãozinha: (não esqueçam é de convidar lol)

Ingredientes
Tagliatelle all'Uovo: 500 g Camarão 21/30: 500 g Bacon em juliana: 100 g Alho: 2 dentes Cebola: 125 g Tomate: 150 g Vodka: 0,5 dl Azeite: 0,5 dl Manteiga sem sal: 20 g Manjericão: q.b. Sal: q.b. Pimenta: q.b.
Preparação
Coza o tagliatelle all'Uovo em água temperada com sal, escorra e envolva com um fio de azeite. Descasque o camarão deixando o rabo, tempere com sal e pimenta e salteie em azeite. Flamejar com vodka. À parte, prepare um fundo com azeite virgem, bacon, alho e a cebola picados e deixe cozinhar até que esta fique transparente. Molhe com a vodka e junte o tomate, previamente limpo e cortado aos cubos. Junte a manteiga sem deixar levantar fervura. Adicione o camarão e rectifique os temperos. Misture tudo e sirva num prato fundo, polvilhado com manjericão picado.
Sugestões
Acompanhe com vinho tinto à temperatura ambiente.

segunda-feira, abril 14

Porto sentido

...nesse teu jeito fechado, de quem mói o sentimento...


domingo, abril 13

Alerta aos navegantes:

Esta vida é minha! Independentemente de gostar muito ou pouco dela, de a viver correctamente ou de forma mais desleixada, é a minha vida... Minha! E dizer isto significa que estou farta que me tentem controlar o rumo ou atirar boias de salvação, quando eu mesma não sei se preciso delas...
Doravante, não mais deixarei que me indiquem um farol. Eu mesma o verei quando souber que é o indicado. E se não conseguir fazê-lo, problema meu. Sou humilde o suficiente para enviar um pedido de s.o.s, quando necessário...
O que não quero e tentarei não permitir mais é que outros barcos venham na minha direcção e me perturbem o caminho. Ou melhor, não permitirei que aqueles que navegam a meu lado me coloquem em marés de tempestade! Porque a vida já é complicada por si mesma, porque viver a sério (e não existir apenas) já não é tarefa fácil...
Não escolhemos o oceano em que navegamos, mas podemos tentar controlar as embarcações que nos acompanham. Como qualquer navegante que se preze, não desejo icebergs no meu caminho e tento desviar-me das rotas que anunciam tempestade. E, assim sendo, não quero comigo cargas negativas...
Custou-me aprender a nadar, demorei para aprender a navegar e não tenciono remar para trás. Estendi velas de optimismo e espero que bons ventos me encaminhem para um porto de felicidade...

sexta-feira, abril 11

Autopsicografia...

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
...
...sempre foi um dos meus poemas preferidos, talvez até o único que decorei e por aí vou citando quando me lembro. Sempre gostei de Fernando Pessoa, homónimo ou heterónimo, nos longos estudos de português, deve ter sido a matéria que mais me cativou. E este poema... Digamos que o leio e me identifico com ele!? Ultimamente, então, tenho alguns dos versos sempre a vir à cabeça...

quinta-feira, abril 10

Despertar paixões...

...é o que me tem acontecido ultimamente!
Não falo de paixões carnais, de amar o ser-humano. Falo, isso sim, de despertar o gosto por aquelas actividades que me davam prazer e que, não sei porquê, fui abandonando ou desleixando com o tempo. Falo do "bichinho do teatro" que me tem assombrado, quatro anos volvidos desde que deixei os palcos. Falo do encantamento pela natureza que faz renascer o vício da fotografia e andar sempre de máquina na mão. E, mais do que tudo, falo da paixão pela escrita! Da sensação de liberdade e tranquilidade que dá pôr as palavras em papel, de deixar fluir tudo que vai cá dentro, sentindo-me eu própria enquanto escrevo.
No meio de tanta confusão nesta cabeça, graç'a Deus que ainda vou identificando e conseguindo algo que me dê gosto fazer... porque só assim me revejo no caminho p'ra felicidade.

terça-feira, abril 8

Profs... a culpa é deles! lol

"Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida. É evidente que a culpa é deles.
E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores. Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não. A menos que não se trate de falta de juízo, mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais - até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão. Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavamalunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.
Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança. Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo."
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Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão