segunda-feira, junho 30

Por vezes magoamos os amigos, sem querer, com actos e/ou palavras sobre os quais nem pensamos até que o "mal" está feito. Mágoas pelas quais podemos e devemos pedir perdão, acreditando que a força da amizade é superior a tudo... isto, sempre que se fala de uma amizade forte e verdadeira!
Quando a amizade é ténue, por vezes as mágoas são "pagas" com outras mágoas, por actos ou palavras algo cruéis... Qual a necessidade de magoar um amigo depois de se sentir magoado? Não basta a dor desse mesmo sentimento para, se realmente somos amigos, não querermos que a outra pessoa sinta essa dor também?!?
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«Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos os outros bens.»
Fonte: "Ética a Nicómaco"
Autor: Aristóteles

domingo, junho 29

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Às vezes, a vida é uma seca...
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...e ultimamente, com este calor, parece que só vem a piorar
:s

quarta-feira, junho 25

Um Adeus a...

...Serafim Pereira, o homem que nos trabalhou como barro.

Relembro aqui um pequeno texto que escrevi em Dezembro de 2002 sobre uma figura simbólica da minha terra, pessoa querida de muita gente. Para a minha família foi vizinho, pai de amigos, companheiro de fé, catequista e ensaiador. Um espírito sempre jovem que partiu em dia de S.João, chocando e entristecendo quem muito ou pouco o conhecia.

« Serafim Costa Pereira, de 62 anos, sentiu desde cedo o "bichinho" do teatro dentro de si. A paixão fê-lo entrar em cena e representar em vários palcos nacionais.
Faz já 45 anos que entrou para o mundo do teatro e desde então nunca mais conseguiu parar. Agora, dedica-se a ensaiar o Grupo VITAE, um grupo de jovens de teatro amador.

Serafim Pereira ocupa grande parte do tempo livre com o teatro. Um "hobbie" que nunca lhe deu um tostão, mas o qual diz "gulosar" com muito prazer.
Subiu pela primeira vez ao palco com 17 anos, para actuar na "Costureirinha da Sé", e desde então quis representar vida fora e conhecer os diferentes palcos de Portugal. Participou em peças como "Canção do Minho", "A Promessa" e "As Duas Causas", trabalho este que o marcou fortemente.
Há seis anos, Serafim Pereira juntou-se ao Grupo VITAE para ensaiar jovens actores, o que afirma dar-lhe um enorme agrado.
Dirigiu peças como "Actores, Precisam-se", "Cama, Mesa e Roupa Lavada", "Maia, Vista e Revista", "O Mar" e "O Processo de Jesus". Esta última, segundo palavras do ensaiador, foi a melhor prenda que os jovens actores lhe podiam ter dado, visto ser um sonho já muito antigo.
Por ensaiar, ficam ainda um "Auto" de Gil Vicente e "A Rapariga de Lorena"*; dois sonhos que espera vir a tornar realidade.
De momento, Serafim Pereira está afastado dos palcos, devido a problemas de saúde, mas nem por isso deixa de acompanhar as peças de teatro através dos bastidores.
O ensaiador descreve o teatro como «uma maravilha» que serviu de locomotiva em alguns momentos da sua vida. »
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O homem foi-se e o sonho ficou por realizar... Ainda assim acredito que agora sorri. As cortinas fecharam, mas o espírito mantem-se num palco em qualquer outro lugar.

terça-feira, junho 24

Serpentes cintilantes...

...subindo e colorindo o céu. Longe de ser o mais belo ou o mais rico, mas lindo. Porque o S.João quer-se assim: vivido em pleno coração do Porto, com fogo-de-artifício explodindo no Rio Douro!
A sonorização, desta vez dedicada a momentos cinematográficos, bem adequada. A banda sonora do naufrágio do Titanic tocava ao mesmo tempo que os espectadores se "anundavam" numa chuva que teimou em abençoar as festas deste ano. Mas nem as parecenças com pintos molhados abalou quem lá estava; tripeiro que se preze resistiu à chuva e olhou o céu por 25 minutos de entusiasmo.
Mas a tradição, esta como muitas outras, já não é o que era. As ruas já não se enchem de juventude agrupada numa caminhada pelas ruas da Ribeira até à Foz, parando nas praias para aquecer em fogueiras improvisadas. Talvez porque muitos já não têm o elo comum da sardinhada (nham, nham, irresistível) e, jantando uns em cada canto, poucos se juntam para criar a animação necessária para aguentar noite dentro. Entristeceu-me um pouco ver a quantidade de gente que, terminado o fogo-de-artifício, rumou estrada fora de regresso aos automóveis e às suas casas.
Aquela que é a noite mais longa da cidade Invicta tem-se vindo a deslocar um pouco para outras cidades como Braga. Ali sim, ainda hoje, no verdadeiro dia de S.João reinava a animação e a festança, com as ruas cheias a contrastar com o "deserto" a que se assistia no Porto esta tarde.

sábado, junho 21

Entre nevoeiros...

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...caminharei em areias movediças, procurando solos firmes
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...tropeçarei em pedras, tentando não cair nos buracos
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...seguirei em frente, mesmo não sabendo o que me espera
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...questionarei o presente, mesmo parecendo claro
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...procurarei reencontrar-me!

quinta-feira, junho 19

Countdown

Estou a um dia de entrar p'ro desemprego. Se até agora aceitei a ideia sem criar cismas (não tivesse sido um acordo pacífico entre mim e o patrao), quanto mais sinto o dia D (entenda-se, desemprego) a aproximar-se mais contas faço à vida e começo a recear o que me espera. Optimismo e confiança, duas características que nem me costumam acompanhar muito, desta vez até estão bem presentes no meu dia-a-dia; mas o realismo também existe nesta cabecinha e há que ter consciência da dificuldade que se impõe para sobreviver "lá fora". Felizmente (tenho que me dar por contente olhando à condição de muitos portugueses) é a primeira vez desde que me licenciei que adquiro o título de "desempregada". Mas sei - já pude constatar por experiência própria e de terceiros - que é bem mais fácil conseguir um novo emprego estando empregada do que sem nenhum termo de trabalho. E essa mesma certeza faz-me criticar a mim mesma por não ter começado a procurar outra ocupação mais cedo (confiante de que apenas teria um substituto após as férias de verão).
Se por um lado me sinto bastante cansada e este próximos meses de verão até servem bem o propósito de ganhar uma corzinha e recuperar energias para um novo cargo, por outro lado não posso baixar os braços e perder oportunidades que se apresentem durantes estes tempos (sabendo, no entanto, que muitas das ofertas de agora se referem apenas a colocações temporárias sem extensão para futuro).
Não se pode ter tudo! Que fazer? Neste momento, a prioridade passa por pensar no futuro, tentar uma carreira e a independência que tanto desejo... Por isso, aqui estou eu atenta e, se alguém souber de alguma coisinha, toda a "cunha" é bem-vinda. ;-)

terça-feira, junho 17

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Sabíamos o que queríamos e o que fazíamos
Ambos apostamos sempre na honestidade
Nunca nos iludimos sobre o que poderia vir
Deixamos o tempo levar-nos onde era permitido
Revelamos mágoas passadas e recuperamos
Obtendo uma (frágil) inesperada amizade.
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