segunda-feira, junho 29

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Há acontecimentos que têm o seu quê de graça por se darem sem uma pessoa estar minimamente à espera. Desde uma esfregona que se parte e vôa loja fora, a uma nota de 100€ que se esconde por baixo do caixa, ou uma paixão que surge inesperada e avassaladoramente. Podem ser as situações mais caricatas e, desde que se encarem com um olhar positivo, são sempre bem-vindas.
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Há, no entanto, situações sobre as quais não se tem grande controlo e, apesar de serem bem-vindas, têm sempre o seu quê de duvidoso. Porquê? Porque ninguém gosta de perder o controlo sobre as coisas, essencialmente, sobre a própria vida. E quando há algo que não depende apenas de nós, bem... é caso para dizer "gato escaldado de água fria tem medo".
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Medo, sim. Mas sou do contra. Gosto de viver, gosto de arriscar... E não foi preciso muito para ter a certeza de que não estou iludida, mas sim viciada!
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"Não há palavras, não as há, desnecessárias que são, nestes momentos... quando o silêncio tem tanto para dizer e não conseguimos ouvir mais do que as palavras perdidas que vamos soltando ao vento, à realidade, como que para enganar sussurros... calar o que não é pronunciado, porque, a (ir)realidade é essa mesma... de que as palavras aqui não existem, não as há."
excerto...
(plagiando uma amiga)

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