"Gosto da praia à hora das gaivotas, quando a maré desce e tudo parece acalmar."
Não há outro lugar como a praia onde melhor (re)encontre a minha serenidade. Olhar o mar imenso, perder-me num azul brilhante, sentir o calor do sol, o cheiro da maré e a brisa suave no ar...
Muitas são as vezes em que procuro a praia para pôr as ideias no lugar, para me acalmar ou simplesmente gozar um pouco do sossego da solidão de que ninguém gosta. Se estou mal comigo mesma ou com a vida, é o meu destino habitual. Acredito que todos devemos de quando a quando ser capazes de ficar sós com nós mesmos e ouvir o que vai em nós. Só assim podemos emendar o que está mal e fazer sobressair o que temos de bom para dar aos outros. É uma busca, não pela solidão, mas pela tranquilidade que me define.
Recordo as férias nos Açores e muitas vezes me valho das lembranças para sossegar. As paisagens verdejantes, o imenso azul, o ar puro, as noites estreladas... Creio que destino algum jamais me fez sentir como lá, onde facilmente me perdia e as horas passavam sem notar. Sinto saudades, confesso. E aconselho qualquer um a lá ir.
Por aqui, e enquanto escrevo, vou olhando a linha do horizonte. Ouço os pássaros lá fora, sinto uma brisa a entrar... Fecho os olhos e sinto-me completa. Viva e capaz de amar!
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